sexta-feira, 10 de julho de 2009

Lançamento do meu novo livro

Atenção! Em breve estarei lançando o meu terceiro livro "E-mails para Clarice", na Bienal do Rio de Janeiro, que acontecerá de 10 a 20 de setembro, no Riocentro.
Aguardem.

Aquisição dos meus livros

Os interessados em comprar os meus livros poderão fazer o pedido através do meu blog. Informarei os valores e a forma de entrega.

Seu Nome


Quero você apenas pronome
sem nome
sem sobrenome
sem artigo definido.

Quero você
sugestão de idéias
enraizado de adjetivos
de atitudes espontâneas
sem medo das conseqüências.

Quero você
verbo irregular
abocanhado pelo gerúndio
movimento contínuo
sempre presente em mim!

do meu livro "Substantivo desvairado-sedutor"

Poema do livro "Substantivo Desvairado-sedutor"

Frágil Artesanato


O tubo de cola sobre a mesa
não une as nossas partes
nem a minha pele febril
apenas me observa silencioso.

Rasgo cartas antigas
fotografias ultrapassadas
pequenas palavras de cumplicidade.

Não há trem cor-de-rosa
na estação em frente a minha varanda
nem linha férrea que termine no mar.
Como chegar ao esconderijo do outro que partiu?

Como juntar sentimentos
tão retalhados pela separação
se a cola só possui eficácia para couro
cortiça
gesso
madeira
papel?
Nunca para saudade
carinho
abraço
beijo
amor.

Meu coração é um frágil artesanato da vida!

Quem é Júlio Corrêa

O carioca Júlio Corrêa, filho de José da Silva Corrêa e Cecília Quintal Corrêa, nasceu no dia 19 de setembro, no bairro Campo Grande. Graduou-se em Letras: Português/Literatura. É ator, escritor, poeta e militar da Marinha. Coordena o Concurso de Poesias da Casa do Marinheiro (Prêmio Suboficial João Roberto Sobral). Publicou os livros de poesia “Substantivo Desvairado-Sedutor” (2006) e “Íntimas Sensações” (2003).
No âmbito literário, possui várias premiações, das quais se destacam: em 2009 (finalista do 9º Concurso de Poesias da UFSJ); em 2008 (2º colocado no Concurso Nacional de Poesia de Mogi das Cruzes, menção honrosa no 26º Concurso Literário Takemoto, finalista do Prêmio SESC/DF de Poesias, finalista do 43º Festival de Poesia de Paranavaí, finalista e melhor intérprete do Prêmio FEUC de Literatura, finalista no VII Prêmio Literário Livraria Asabeça, 10º lugar no 4º Concurso Literário de Suzano, 1º lugar no V Concurso de Poesias do Sana da Biblioteca Pública Municipal Osmar Sardenberg); em 2007 (menção honrosa no II Concurso Claudionor Ribeiro de Contos da Academia Cachoeirense de Letras, menção honrosa no 12º Concurso de Poesia do Município de Valinhos, Moção de aplausos pela participação na “Semana de Campo Grande” pela Câmara do Rio de Janeiro); em 2006 (Prêmio Expressão Cultural da Coordenadoria Regional da Zona Oeste do Rio de Janeiro, finalista e melhor intérprete do Prêmio FEUC de Literatura, 3º melhor intérprete do 19º Festival de Poemas de Cerquilho, 1º lugar no 11º Concurso de Prosa do Município de Valinhos, 8º lugar no Prêmio Cataratas de Contos, menção honrosa no II Concurso Literário Prado Veppo da UNIFRA); em 2005 (finalista e melhor intérprete do Prêmio FEUC de Literatura); em 2003 (2º lugar no III Festival de Poesia do SEERJ); em 2002 (finalista do VII Concurso Nacional de Poesia Francisco Igreja da APPERJ, finalista do Prêmio FEUC de Literatura); em 2001 (finalista no II Festival de Poesia do SEERJ, finalista do 3º Prêmio de Literatura FAMA em Prosa, menção honrosa no II Concurso Pedra Pura Poesia, 2º lugar e melhor intérprete na XXII Ciranda de Poesia da Biblioteca Popular de Jacarepaguá).

EXPLICAÇÃO



A tarde corre rápida demais.
Não consigo acompanhar seus minutos velozes
disparados diante dos meus olhos.

O sol já não entra pela porta da frente
subiu para o telhado
foi em direção ao outro lado da casa.

Minha boca permanece presa em plena manhã.
Não arrisca uma confissão sem metáforas
sem cores clonadas
sem dizer as frases construídas no íntimo
no tal esconderijo das paixões.

Tenho medo do desconhecido
do improvável
dos atritos
dos motivos que só eu sei.

O sol continua indo
seguindo o percurso normal da vida.
Meus pensamentos perdidos
mergulham no obscuro das interrogações
afogando desejos
sangue febril
poros abertos.

Sou a insegurança disfarçada de cavalheiro medieval
esperando a invasão do seu abraço
em minha frágil armadura de papel.